sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

pode-se viver muito bem



Pode-se viver muito bem
sem nada mais do que estes privilégios quotidianos:
uma carta na caixa do correio, o barulho de uma vaga,
o azul sobre a planície, as palavras de um poema.

O universo reduzido a poucos vínculos
ao trajecto habitual
da sua própria morte.

Pode-se muito bem não ser mais

do que uma aventura de átomos e de questões insignificantes.

Hélène Dorion – “Pode-se viver muito bem…"

Um comentário:

Anônimo disse...

Deve-se viver muito bem...