sábado, 31 de janeiro de 2009

unsexy


Oh these little rejections how they add up quickly
One small sideways look and I feel so ungood
Somewhere along the way I think I gave you the power to make
Me feel the way I thought only my father could

Oh these little rejections how they seem so real to me
One forgotten birthday I'm all but cooked
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?

I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind

Oh these little protections how they fail to serve me
One forgotten phone call and I'm deflated
Oh these little defenses how they fail to comfort me
Your hand pulling away and I'm devastated

When will you stop leaving baby?
When will I stop deserting baby?
When will I start staying with myself?

Oh these little projections how they keep springing from me
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me

(Alanis Morisette - So Unsexy)

Foto: arquivo pessoal

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Blá-blá-blá

Li um texto agora que fala sobre compartilhar as miudezas. Compartilhar as miudezas é dividir o inexpressivo, o cotidiano, o pão com manteiga de todos os dias. È não deixar as conversas se pautarem apenas nas grandes decisões ou nos “grandes temas”. Falar de um filme, de um sonho, de uma conversa com alguém querido é, muitas vezes, mais enriquecedor e esclarecedor do que as tais conversas sérias. È no pouco que você desvenda o outro. Nas pequenas coisas. São as atitudes mais simplórias que revelam a nossa essência.
Ninguém é 100% “glamour” 24 horas por dia. Ninguém é brilhante 24 horas por dia. A superficialidade também tem seus encantos e momentos. O importante é não querermos ser nada mais, nada menos do que nós mesmos – 24 horas por dia.

(Para um grande amigo, que reclamou do meu último post – “impessoal e triste”, segundo ele – com quem eu adoro jogar conversa fora. Pena que ele mora longe...).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

falta

"Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos..."
Vinícius de Moraes

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

lucro

"Viver plenamente cada segundo é aceitar morrer cada segundo. Tudo aquilo a que você não renuncia vira motivo de temor. Tudo aquilo que você se apega, retém-no, aprisiona-o. Se quer se liberar, relaxe. (...) Se parássemos de comparar, encontraríamos a inesgotável riqueza do que nos é dado e as virtualidades infinitas de cada situação.(...)Todo desprendimento, toda renúncia, é uma pequena morte. Devemos aceitar morrer. Morrer da morte das imagens. Perecer da morte do que nos impede de viver. Morrer da morte do ego".

Pierre Levy

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A arca

Parece milagre
Um cerro sem praça
Arca
Do Borel
Emplaca
Um gol de placa
Menino soturno
Criança
Do mundo
Da espada
Da faca
Da macacada

Taciturno
Camarada

Acorda no chute
Embate
De mundos
Assunto
Da molecada
Corre pra urbe
Em casa
A maca
Da mulherada

Presépio de cobre
Dinheiro de Marte
Dom
Da batucada
Revida o chute
Dia sem nuvem
E o som
Da cavalhada

Foto: Henri Cartier-Bresson

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Visita

Entrei
Sentei
Desejei
Que o oceano a embalar seu canto
Venha soprar os versos meus

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Voltas

Não gosto dos excessos. Talvez por isso estime tanto uma boa imagem. O pouco que perturba é o que me interessa de fato. Nem sou assim tão minimalista, mas me cansam os exageros que banalizam histórias e sentimentos. Prezo pela economia, num mundo onde se supervaloriza o muito. Em meio ao turbilhão de compromissos, palavras e compras, perdemos o intangível. E quase tudo o que realmente importa tem um quê de inefabilidade.



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ano Novo

Entre conversas e garfadas, Bia já nem ouvia mais nada. Era só ela e o pensamento. Fazia tempo que ela não parava. Até porque parar, pra ela, significava colocar tudo na balança, analisar, refletir. E ela andava numa onda de deixar tudo correr... Era mais fácil assim. Mas dessa vez estava sendo diferente. Aquele momento era sim de isolamento, mas sem a habitual check list dos deveres cumpridos e por cumprir. Bia agradeceu, sem saber para quem ou o quê. Apenas agradeceu. A ansiedade acalmou, os pensamentos (que não param nunca) trouxeram à memória cheiros, músicas, caminhos, cores, texturas, histórias...
Bia descobriu que existe mesmo um lugar atrás do pensamento.
Foto: Vanessa Amaral (caminito, Arg)