quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desejo

Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?

Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Fernando Pessoa

3 comentários:

Gustavo Jaime disse...

Grande Fernando Pessoa... grande, grande. Sou um tremendo fã desse poeta da melancolia justa e tenaz, do poeta de sentidos tão aguçados, do poeta fingidor.

"Porque verdadeiramente
sentir é tão complicado
que só andando enganado
é que se crê que se sente."

Beijos!

Anônimo disse...

Achei esse texto MUITO a sua cara :)
Beijos

Anônimo disse...

Eu quero tudo...rs