Olham-me com estranheza. Rostos, antes nunca vistos, incomodam-se com a minha suposta solidão. Indecifrável, nauseante – comentam.
Enquanto meus pés deslizam na maré baixa a areia úmida, quebram-me o silêncio com cochichos e mudanças disfarçadas de lugar – constrangimento camuflado, pena. Retribuo com um sorriso. É a minha doação, em agradecimento. (As intenções não devem ser desprezadas. São as melhores, no fundo).
Escolhi retirar-me só. Não por falta de companhia ou tristeza. Quis, apenas. Não tenho justificativas, ruins ou boas. Não as quero ter. Precisava escutar o vento e o mar.
Foto: arquivo pessoal
Enquanto meus pés deslizam na maré baixa a areia úmida, quebram-me o silêncio com cochichos e mudanças disfarçadas de lugar – constrangimento camuflado, pena. Retribuo com um sorriso. É a minha doação, em agradecimento. (As intenções não devem ser desprezadas. São as melhores, no fundo).
Escolhi retirar-me só. Não por falta de companhia ou tristeza. Quis, apenas. Não tenho justificativas, ruins ou boas. Não as quero ter. Precisava escutar o vento e o mar.
Foto: arquivo pessoal